O colecionador de tesouros
Um sorriso bobo, porém, sincero
Escondido sobre meus ombros
Aquele cheiro doce de verdade que vinha de você
Juntamente ao silêncio de quem sentiu uma promessa sendo realizada.
Poderia jurar que senti a Terra girar!
Minhas pernas tremiam e sua respiração se misturava com os meus batimentos.
Era tudo tão bonito e sincero, que de fato não sabia o que fazer com aquilo.
Escrever um poema? Tirar uma foto? Compor uma música?
Sair correndo e gritar para o mundo que você... nós estávamos ali?
Nunca havia me sentido tão leve
E ao mesmo tempo tão pesado.
O cheiro era tão puro, que pouco me importava a fumaça vinda dos carros,
Que por sinal fizeram silêncio e nos observaram
Abraçados como se fosse a primeira ou última vez que nos encontraríamos.
Juro que no fundo do meu coração que permanece tão jovem quanto o meu espírito,
Sabíamos que nada tão poético quanto aquele dia
Poderia durar mais que um olhar...
Era um tesouro que somente a primeira paixão poderia criar
E que o tempo ia querer somente para ele.
Tudo o que ele me deu foram essas lembranças.
Ironicamente uma foto, uma música
E esse poema...