Espinho de rosa
Um dia uma rosa
feriu-me com seus espinhos
machucou a minha carne
no meu triste caminho.
De encontro à alvorada
começou minha cavalgada
a alma chorava
e o coração reclamava.
Um dia um poeta
disse-me assim
nunca pare de escrever
e não desista... Continue
Colorindo os jardins.
Porque morrem os poetas?
Não saberia responder
morreu o meu amigo
nem sequer o conheci.
Elu meu poeta lindo
quanto tempo já passou
desta vida amarga
você se despojou.
Hoje sinto saudades
de nossos emails poéticos
se você estivesse aqui
seria o mundo mais cético.
Te amo poeta
onde você estiver
o muito que sei
aprendi com você
e hoje tenho pressa
de tudo escrever.
Para o meu poeta preferido
que hoje está com Deus
o meu abraço
meu beijo de amigo.
Poetas também sonham
Do fundo do mar
tirei o meu clamor
do fundo da rocha
surgiu a minha dor.
Não sei o que acontece
se amor
ou pudor demais
só sei que ao pensar em ti
sobe um intenso rubor.
Sou caule que queima
rubra como a flor
em mim floresce ao dia
faíscas de amor.
Poeta que não sonha
não sabe compor
um dia ainda afundo esse
que parece um vício
num suspiro de amor.
Detrás do horizonte
encontrei linda flor
no final do arco- íris
Senti um imenso amor.
Se fosse para ser feliz agora
iria onde você for
procurava com urgência
não importava o rumor
das águas batendo
em meu rosto sem cor.
Como sereia navegante
viajaria numa proa
ouvindo o som das águas
e o canto do amor.
O vento que aqui sibila
Em noites de terror
é como o aroma
de tulipas, na manhã ao compor
uma música ao amor.
Ando sem rumo
Ando sem rumo
minha casa é meu mundo;
meu mundo é o meu pensamento
meu pensamento é composto em poesias
pela vida... Num mundo sem fim
no fim do mundo.
Medos da Vida
Quando os anseios vazam com sabor salgado
É o momento que o coração extravasa como forma de oração.
Aí é que percebemos a pequenez da nossa força.
O peito aperta
o coração maltrata
Os olhos que expressam os apelos
que se tornam atropelos
de uma vida complexa
de uma visão turva
da insensatez de viver
e saber que sempre vai perder
para uma realização completa.
Mundo maldito
sofrimento comprido
Numa luta tão intensa...
Repleta e tensa
em não saber o dia de amanhã.
Paranoia externa
humanos maldizentes.
Complicados...
Bichos sem amor
corações sem cor.
Onde encontrar a verdadeira beleza
um segundo de leveza
para se esquecer da maldade
e da intolerância de seres em fase de desprezo.
Porque não abrir a mente
o coração e as mãos
e permitir que as ações façam parte da vida
sendo que sabemos que o nosso verdadeiro último porto
é depararmos de frente com a morte?
Ah! Corações insensatos
medo de serem regados
com as águas purificadas.
Medo de transpor os medos da vida
por ter a certeza de chegar ao último lugar
escrito fim.