CEGUEIRA IMPREENCHÍVEL

Nem sempre se ama

Quando queres amar.

Nem mesmo aplaina

Os rumos a desatinar.

Fruto amargo experimentado

Doce fel aos desiludidos.

Nem sempre o ser é amado;

Doentia sina do olhar destituído.

Destituído de sorte e de graça

É o mosaíco que se desprende

Para poder desmoronar a farsa

De que o amar é sempre ardente.

Nem sempre o gostar

É realidade alcançada.

Uma misantropia a soltar

É a visão desolada.

Hivton Almeida
Enviado por Hivton Almeida em 19/01/2022
Código do texto: T7432910
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