DOR LENTA

Não há medida para o tempo

Cálculos incontáveis de dores

Intrépido silêncio me abraça

Medo do dia seguinte morrer

A alma transformada em pó

Mãos vazias de coisas inertes

Estéreis momentos de versos

Que lacrimejam a dor excessiva

No âmago de tudo há um nada

Aguardando o livro de minha vida

Confesso que não há caminhos

Somente atalhos perdidos

Nas profundezas do destino

Que me impulsiona aos

Olhos cerrados e acabados

Tecido da vida de cor preta

Mortalha de dias e noites

Choradas em prantos amargos

Plenitude há em outro lugar

Sem frutos pesados nem flores mortas...

Luiza De Marillac Besssa Luna Michel

Luiza De Marillac Bessa Luna Michel
Enviado por Luiza De Marillac Bessa Luna Michel em 18/11/2007
Código do texto: T742115
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