Ela ne amou, há Amei

No curso de uma sorrateira tarde de sol, e as nuvens em teu bailar junto ao firmamento, dilacerante entre uma nuvem e outro, com os passos cansados vem se aproximando em passos retos jardineiro andarilho do tempo, despreocupado da jornada, quando de repente debaixo da sombra da frondosa mangueira secular sai um voz baixo já desgastada na estrada da vida tão suave voz chamou a atenção do jardineiro andarilho do tempo, boa tarde viajante do tempo. Sem pressa Jardineiro andarilho retribuiu tão sublime saudação de boa tarde, e com um sorriso mais nobre ainda nos lábios certo senhor de barba branca pele frágil cabelos compridos aos ombros, passos frágeis refletindo a idade na linha amarelada do tempo, e a áurea do olhar em um brilho único de vida em plena altivez. Ali despreocupado do mundo jardineiro andarilho fez um pit stop, a linha do tempo curso seu tempo na sorrateira tarde de sol, certo senhor começou a falar da vida, da natureza, do universo junto ao firmamento contemplando a grandeza de cada momento, enobrecendo ainda mais a jornada da existência palavras doces e amargas, na aspereza suave dos dias e noite outrora vividos, passos da infância, adolescência distante em plena juventude presente na altivez da áurea do olhar.

E o curso da tarde adentrando nos sertões distante cursando a franja da encosta cor de laranja em beijos de amor à vida, enaltecendo o amor que contagia as contas da magia na mística magia de amar o encanto da vida. Agora ambos amigos conhecidos a poucos instantes em sorrisos e prazeres pela vida, debaixo da secular mangueira milenar e o curso suave da brisa beijando a vida no curso da mesma, os raios dourados do astro rei bem lentamente foi doando seu espaço para a luz da amada lua em teu ciclo maior, já começando a despontar na franja da encosta da montanha da saudade distante. Por alguns instante um silencio pairou no ar por longos e eternos minutos e ambos ali contemplando o nascer da luz da amada lua em teu ciclo maior, quando a voz suave e frágil da vida suspirou profundo quebrando o silêncio até mesmo do vento, saudade, que palavra meiga e doce que enobrece e alimenta a vida, saudade da minha amada , do cheiro do teu perfume , do cheiro do suor do teu corpo depois de fazermos amor, saudade da amada que eu amei e ela me amou por dez anos vinte três dias, dezessete horas e quarenta e três minutos, depois foi embora, mas se eu nascer e viver outra vida e ela eu encontrar mesmo sabendo que será apenas por dez anos vinte e três dias , dezessete horas e quarenta e três minutos eu há amarei novamente.

NUTE DO QUARA
Enviado por NUTE DO QUARA em 03/01/2022
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