Retalhos da Carne

Rasguei os retalhos,

gritei para o espaço

Abri meus longos braços

Dancei,girei,

ri dos espantalhos

Fiz poesia sem graça

Joguei tudo nos

velhos armários

Fui para rua,

tomei um ar vi

Um canário rosado

,um velho

Sentado,

No banco, amarelado,

Que gozado,tornei-me

Um velho moço palhaço

Não vi o espelho

onde reflete minha alma

onde o tempo desconsertado

escoas entre as rugas do passado