Vórticis
Ainda que no vórtice desse temporal
uma estranha força
surge.
Algo transcende, transporta
e não é vento, não é chuva
é o amor que bate em nós.
Prescinde de nome,
Denomina-se por si
arrebata de tão inocente.
São as mesmas vias que perseguimos
Mas já sabemos a resposta
por ser algo que toca;
O sumo da essência aquecida.
A voz que chama tranquila.
É o mesmo ser que vibra.
É o que se persegue,
mesmo que nunca o tenha deixado,
é o tônus, o ardor testado.
Quem parte, chega e regressa;
emerge, surge,
não tenha pressa.
Vidas virão para serem lúcidas.
Até que tudo se esclareça
e essa paz dentro de nós transpareça.
Um cadinho, um cantinho,
um fósforo da faísca que acende,
esplêndido, trêmulo, seu coração pressente.
Aquece
no mais frio da colina longínqua,
aquece e fica.