Silencio
Dê repente ali parado na curva do tempo, com o olhar oculto da mente esquecendo-se de si mesmo, a vagar distante no entrelaçado laço da paixão contornando em silencio e com o silencio de seus lábios entrelaçar na candura das curvas e retas proibida da amada morena ausente, embriagado pelo sorriso que todos ao teu redor contempla o mesmo olhar do sorriso de seus lábios a sorrir sem sorrir falando da vida em entrelinha da paixão no poema de viver a poesia proibida da mesma vida. Neste laço entrelaço do mesmo laço no calor de um abraço, no encontrar de dois corpos quentes ardente de amor pela mesma vida, vivendo entre dois mundo distintos dois corpos na mesma alma, fazendo amor em outros abraços, sem saciar o corpo e também a alma, na candura da poesia feminina, o poeta silencia no peito por míseros instantes o decompor das frases e versos de amor pela amada proibida e ausente vivendo bem distante ate mesmo de si mesmo na curva do tempo, tentando se encontrar depois da curva do vento. No borborejo de palavras escassas e evasivas ao vento apenas sussurra baixinho junto ao peito, o calor de seus abraços, distante e ausente do melhor abraço, os lábios cristalizados na linha da mente ausente dos beijos quentes e proibidos da mulher amada, amada morena distante no compasso silencioso dos passos silenciando a ânsia de amar o amor ausente, não por ser um ancião na linha do tempo, mais sim apenas um mero e simples aprendiz de nada no obsoleto compasso de seus passos já um pouco frágeis na estrada da jornada da existência.
Na curva deste sorriso, os lábios prefere fazer jus ao silencio, depois da vírgula da poesia, difícil encontrar a junção da consoante perfeita para conjugar sublime amor, ali bem junto aos anéis sublime do firmamento, ambos em silêncios no jardim secreto dos amantes, transpassando as linhas imaginarias e proibidas do tempo, no silencio de amar, o amor que feri o amor que machuca o amor que doe o amor que coroe as entralhas da alma, o amor humano insano, real e profano, o amor cigano na mística magia do encanto da mesma vida. Por se entregar a este mesmo amor a cada novo instante o silencio das palavras na poesia da vida faz jus ao silenciar dos lábios ao proferir a palavra amor, amor imortal, amor surreal, amor humano, amor da alma que alimenta uma única alma, vivendo em dois corpos opostos distantes e ausentes.
Nute do Quara