PANDORGAS AO VENTO
Sem perda de tempo
solto pandorgas ao vento
no parque de minha lembrança
passarinhos alegres cantando
minha vida vou tocando
ainda me sinto criança
e criança sempre serei
por muitos lugares que andei
enriquecendo meu passado
em minhas velhas tamancas
escorregando nas barrancas
com meu violão desafinado
sempre dormindo na rua
fazendo serenata pra lua
e sendo chamado de palhaço
chinelo velho rasgado
sem nenhum tostão furado
e sem receber um abraço
depois que ela foi embora
se mandou porta fora
e eu choro que nem criança
sigo escrevendo poesias
fingindo ter alegrias
pois sempre há uma esperança!
escrito as 14:33 hrs., de 04/04/2021 por