PANDORGAS AO VENTO

Sem perda de tempo

solto pandorgas ao vento

no parque de minha lembrança

passarinhos alegres cantando

minha vida vou tocando

ainda me sinto criança

e criança sempre serei

por muitos lugares que andei

enriquecendo meu passado

em minhas velhas tamancas

escorregando nas barrancas

com meu violão desafinado

sempre dormindo na rua

fazendo serenata pra lua

e sendo chamado de palhaço

chinelo velho rasgado

sem nenhum tostão furado

e sem receber um abraço

depois que ela foi embora

se mandou porta fora

e eu choro que nem criança

sigo escrevendo poesias

fingindo ter alegrias

pois sempre há uma esperança!

escrito as 14:33 hrs., de 04/04/2021 por

NELSON RICARDO
Enviado por NELSON RICARDO em 04/05/2021
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