Temporário
Num sopro a vida se passa
Que supra o tempo da espera
No sopro da vida há graça
A graça que a tudo supera
Em tempo a muito me atento
No intento da fala me calo
A espera não é nosso evento
Mas sim o advento em intervalo
Num sonho a vida se deixa
No sono que a sorte me tome
O sono que ocupa minha queixa
É a brecha que a culpa consome
Em tempo o pouco é mais
Mas mesmo assim temerário
A vida deixada pra trás
Que fique, pois sou temporário