Ode ao Amado
De fato, até mesmo teu nome remonta ao amor.
Revela, no verbo, a essência de que és feito.
Aprisiona-me, sem grilhões, em teu peito.
Gela-me a mão, mas traz a meu coração calor.
Olvido o passado, conserto defeitos
Invento até versos, para declarar meu amor.
Raros são os dias como este de agora
Ou aquela noite em que te conheci.
Longínquo viajante, chegaste em boa hora
A tempo da aurora, quando renasci.
Não pude resistir, foi tão sem demora
Do que senti outrora, num átimo esqueci.
Inexorável biologia, macho e fêmea, desejo.
Outro encontro, química, corpos sem pejo
Nudez desvelada, tiro no escuro, pecado.
Urge ser feliz! Sente-te, agora, desafiado!
Teu nome, encontra, amor, nestes versos, ocultado.