AMOR DESPERDIÇADO

Ela sabe que é dela a saudade que não confesso, só peço,

Dia após dia, para virar poesia, canção ou lágrima de alívio,

Meu dialeto preferido, meu silêncio contido, um grito isolado

Que a partitura não previu, a vida pouco sorriu ultimamente.

Chega a ser indecente este sofrimento, um lamento e choro

De bandolim, trampolim para a morte de sonhos, de projetos

E tetos que não mais compartilhamos, gastamos os lençóis,

Maltratamos o colchão, só não conseguimos dormir em paz.

A melancolia mora lá nos copos de vinho, cerveja, esbraveja

Toda vez que não querem servir outra dose, seja a overdose

A única solução, a punição pelo mal que nos fizemos, demos

Ouvidos à razão e o coração não quis mais saber de perdoar.

Outra volta no disco, o show desde o início, resquício de dor,

Sabor de álcool e contradição, o amor em vão desperdiçado,

Alçado à condição de um simples objeto, afeto por aí perdido

E corroído noite após noite, apegado à crença de eternidade.

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Sérgio Sousa
Enviado por Sérgio Sousa em 12/04/2021
Reeditado em 16/04/2021
Código do texto: T7230143
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