AMOR DESPERDIÇADO
Ela sabe que é dela a saudade que não confesso, só peço,
Dia após dia, para virar poesia, canção ou lágrima de alívio,
Meu dialeto preferido, meu silêncio contido, um grito isolado
Que a partitura não previu, a vida pouco sorriu ultimamente.
Chega a ser indecente este sofrimento, um lamento e choro
De bandolim, trampolim para a morte de sonhos, de projetos
E tetos que não mais compartilhamos, gastamos os lençóis,
Maltratamos o colchão, só não conseguimos dormir em paz.
A melancolia mora lá nos copos de vinho, cerveja, esbraveja
Toda vez que não querem servir outra dose, seja a overdose
A única solução, a punição pelo mal que nos fizemos, demos
Ouvidos à razão e o coração não quis mais saber de perdoar.
Outra volta no disco, o show desde o início, resquício de dor,
Sabor de álcool e contradição, o amor em vão desperdiçado,
Alçado à condição de um simples objeto, afeto por aí perdido
E corroído noite após noite, apegado à crença de eternidade.
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