A moça de chapéu

Cheguei, desconfiado, pé ante pé

Sorriso no bolso e coração na mão

Incerto, agora mais perto, duvidei da tua presença

Mas, ao mirar-me no teu olhar,

A dúvida deu lugar a convicção.

Ali, sentado, contemplei teus gestos

E tua voz doce

Inebriado com tua fala e tua maneira

Sufoquei-me em teu sorriso

Transformado em riso

Ao ouvir minhas besteiras.

Com um breve abraço apertado

Teus pequenos passos seguiram ao sul

Sem norte, suspiro entre livros

Onde estaria a moça de chapéu azul?