CAMPOS VERMELHOS DA PAIXÃO

Deixe-me, poesia,

caminhar pelos campos

vermelhos da paixão;

de lá trazer-te-ei, domado,

este inestimável coração...

Qual um vassalo de um rei bondoso,

terei aprendido as nuances de cada cor,

elas que indicam os mistérios gozosos

que habitam os cômodos da casa do amor...

Do que ri a princesa?

Dos sussurros do príncipe,

ainda imberbe aos versos sonoros

de quem já visitou a branca alcôva?

Deixe-me, poesia,

forjar a espada que derrota

qualquer furor ou desvario;

trazer-te-ei, cunhada em ouro,

a palavra reprodutora: cio...