À ELA
À ELA
Vejo diamante, quando olho em ti
Não regresso de ti
Drenando o puro sabor de morango,
No processo de me auto polir:
Teus lábios vertem mel.
Vejo mar, no teu andar a sereia
Teu corpo a viola, seu coração é um mar sem amar.
Meu coração túnel.
Vejo rubis verosimil dos deuses
Andando sem olhos em suas clavículas.
Acirrada vejo-me sem meu Eu, mesmo estando ao lado do meu corpo.
Declaro-me (in) dependente
Dentro de mim,
Vão nascendo palavras líquidas,
Num idioma que desconheço e
Me vai inundando todo inteiro.
Ah!
Vejo turefel em tua altura.
E tudo isso, só me torna um refém.