O ELEITO
Foi por ela
que pus na janela
a vermelha flor;
dormi ao relento,
tomei chuva e vento,
foi só por amor...
Quando já desistia,
ela, feito poesia,
parou pra dizer
que o amor havia chegado...
Tinha tanto esperado,
começava a conhecer
um mundo desconhecido,
pensara que tinha um amigo,
era o seu bem-querer...
E num repente de afeto
chegou bem perto
e me deu um beijo...
Devolvi, do mesmo tamanho,
e já não era estranho,
eu era o eleito...