E ao vagar me entoo

E ao vagar me entoo,

ávido amor a me luzir a cor da pele.

Se fora do ontem,

que me adorne em lembranças,

findas nas tontas ruas das reticências.

Se és tu agora, amor,

que se desmeça em regalos e braços;

e me violes os trincos.

Mas se estás nas incertezas do futuro,

que sejas do acontecido, melhor.

Tudo bem que repitas o mundo,

pois o mundo é o mundo e pronto.

Mas peço que não repitas,

nem mesmo em dias de chuva,

teus erros de concordância,

onde palpitam palavras

e um curvo amor dissonante.