Um poema à tua espera

A alma que dá flor pode mais; a imaginação que chega, como um moinho, insistindo em rodar com o vento que não tenho, mas tenho a fulô e rodo, como a correnteza leva o pau, o toco vai rodando, a inspiração suspensa quase que despenca e o espírito, ou qualquer coisa que o valha, uma casca, um pensamento, ou um filete apenas, desce violentamente sobre os punhos que se abrem como luz de vela, rija, inquisidora de esperança e amor e leva às costas a poesia que escrevi e que pernoitara na grama à tua espera.