Rosa do Deserto

No silêncio do teu ser ecoam palavras

Olho para você meu amor

Nada te peço apenas observo

Terra árida um coração que não ama

Nem conhece o toque suave

Apenas definha chora pra alma que reclama

Triste nessa tua prisão distante não posso te ver

Em te poder chegar falar do que sinto

Te libertar desse lugar chamado solidão

Muito complicado amar sentir e não saber falar

Da confusão que num ser pode provocar

Ter o coração dentro do peito sabendo que bate

Por alguém as vezes distante ora tão perto

Que da vontade de tocar num fio de cabelo já basta

Quem ama em silêncio se contenta com um olhar

O amor começa anônimo com medo insegurança

Chega ate sufocar quando não se fala pra ela

Minha rosa do deserto sou àgua pra ela refrescar

Sou gota de orvalho que à toca na alvorada

Sereno da noite suave que chega sem machucar

Por ela sou tudo e nem sou nada sem ela,

Alucino com uma palavra às vezes mesmo em silencio

sou feliz e me basta

Ela, o meu amor basta só me olhar para não existir estrelas no céu

Nem algum corpo celeste que eu possa contemplar.

Eu sou o amor e sou só dela pena que ela não sabe

Que no meu ser esse sentimento por ela vivi à transbordar

Ricardo do Lago Matos