Tenha piedade
Eu quero que tu sofras loucamente;
não titubeies, amor,
chibatar-te-ei os olhos se preciso for.
Teus braços me enjeitam,
não vês?
Vá e te ajeites às tocas.
Que todos possam ser maior que tu!
Que teus trapos não caibam
e teu trovar, esmigalhado, clame.
Porque não me és,
vivo a praguejar-te
- pois sei que em teu poema podes ser maior que todos.
Então, dê-me alforria, amor,
tenha piedade.