Entre as Sombras e a Luz
Por este chão que ando
Imaginando ondas, fito sonhos entre as sombras,
Ouço a intriga e o lamento
De um vento de outono
Que revela um lindo firmamento.
Puro azul que findas em ranhuras na espuma
Finos laços de algodão em pluma
Olhos rasos com a paz de um renascer
E quando o sol afunda em
Um abismo de bruma
O tempo é uma centelha
Deste jeito de viver
Oh Tempo! Que de tão concreto... é abstrato
Flor de fim
De outono em um jardim de jasmins
Que é o aroma que eu aspiro
Em meio a suspiros densos
Eu caminho neste relvado
Abrandado pelas sombras do equinócio
E nuvens brancas e imaculadas do meu destino
Sabes que sou falso cativo deste tempo
Junto a corações de vidro
Que se transbordam de poemas
Vislumbro-te na esteira destes sonhos
E apostas
De dimensões mediúnicas
Pois é o meu coração dividido
Que procura respostas...e não há respostas
Mas você será sempre a primeira e a única...