De repente!

De repente o medo,

O desejo,

O ensejo.

De repente a ronda,

Quase longa,

Enfadonha.

De repente a morte

Consorte

Forte.

De repente o luto

Impoluto

Quase absoluto.

De repente a dor

Momento aterrador.

De repente a vida,

Relíquia atrevida.

De repente o amor

Cheio de ardor.

De repente a luz

Nestes corpos nus

Facho que seduz.

De repente

Não mais que

De repente!

Fátima Mota – dez/98