PRISMA DE CARNE
Teu gestual tem a verve da luminosidade,
inexplicável palavra da imagem,
consenso do êxtase com a brevidade,
percebe-se na insensata dosagem,
da autoria que o Universo subscreve.
Apropriou-se da alma dos quatro elementos
para inviabilizar que o olhar releve
o indizível absurdo dos teus movimentos.
O cetro de estesia soberano como estrela,
apartado na articulação de tempo e espaço,
no trêmulo minuto da vulnerável vela.
A expressividade independente de haver ser
pois o excesso transfigura o existente em abstrato.
No paradoxo do encantamento a si mesmo transcrever.