SENSIBILIDADE DO POETA
Tem atitudes diferentes.
Por razões desconhecidas, vê o belo onde impera a indiferença.
Se uma flor está apática, sem cores, o perfume ausente, sabe que as razões são temporárias, pois veio de um Outono que despe as folhas para novas energias surgirem e aí se tornam belas e perfumadas.
Sabe avaliar o amor se é verdadeiro ou com disfarces, pelas atitudes dos enamorados.
Se verdadeiro, troca de olhares, sutis carícias, apreciar o belo, um pôr do Sol esfuziante e apreciar a Lua surgindo repleta de estrelas piscando, é um amor presente que jamais será desvirtuado.
Se é com disfarces, sabe distinguir pelas atitudes, onde a grosseria substitui o carinho, fingimentos de amar são temporárias e aí vem as desesperanças, o egoismo e as brutalidades.
Uma criança sorrindo é a maior das suas alegrias, pois a pureza está presente na linda criatura.
Uma mãe amamentando seu filhinho com o leite materno dando-lhe vigor e enternecida, desfruta desse momento mágico, é um ato de amor sem igual.
Uma pessoa vivida em anos, que amou, constituiu família, proveu seu lar, foi fiel, valorizou sua amada e agora desfrutam do merecido descanso, o poeta vê nisso um amor calmo, pois abraçadinhos, ainda trocam olhares apaixonados.
Essa é a sensibilidade do poeta, hábil artesão que transforma pedras brutas nas mais belas jóias preciosas de incomparáveis belezas.
Jairo Valio -29-08-2020