Saudade do amor eterno
sinto uma dor arrebatadora em meu peito
algo que, num repente, parece que vai explodir
um aperto no coração, que corrói de um jeito
desmedidamente me reprime, me faz exaurir
ardente e abrasada como a lava de um vulcão
domina o meu ser e me leva a sucumbir
e me entrego às lágrimas da vil solidão
dedico-me a este pranto dolente
onde encontro forças para caminhar
ante este sofrer, este momento pungente
minha certeza é que um dia ela vai voltar
ofusco o meu desespero de um ser carente
rezando, orando para ver o tempo passar
e como num passe de mágica, feitiçaria
trago em meu rosto ora exaurido e encharcado
externando um sorriso repleto de alegria
resíduos de um sofrimento consternado
na fidúcia, de que, o que eu mais queria
outra vez... ter em meus braços este amor imaculado.