Saudade do amor eterno

sinto uma dor arrebatadora em meu peito

algo que, num repente, parece que vai explodir

um aperto no coração, que corrói de um jeito

desmedidamente me reprime, me faz exaurir

ardente e abrasada como a lava de um vulcão

domina o meu ser e me leva a sucumbir

e me entrego às lágrimas da vil solidão

dedico-me a este pranto dolente

onde encontro forças para caminhar

ante este sofrer, este momento pungente

minha certeza é que um dia ela vai voltar

ofusco o meu desespero de um ser carente

rezando, orando para ver o tempo passar

e como num passe de mágica, feitiçaria

trago em meu rosto ora exaurido e encharcado

externando um sorriso repleto de alegria

resíduos de um sofrimento consternado

na fidúcia, de que, o que eu mais queria

outra vez... ter em meus braços este amor imaculado.

Sérgio Murilo
Enviado por Sérgio Murilo em 14/08/2020
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