Por detrás do tempo
A porta se abriu
e nada surgiu por detrás do tempo
em que esperei que viessem milagres.
Não havia janelas ao alcance dos olhos,
a escuridão cobriu de medo o meu coração
que sangrou seus amores
até refutar a insanidade e o equilíbrio.
Traiçoeiramente a dor se faz presente,
machuca meus sentimentos
e brinca com o amargo toque da saudade
bebido em cálice de prata.
A boca seca implora um beijo molhado,
lábios doces como o mel,
macios como a seda,
suaves como um Bourbon,
que se encaixam, e se grudam,
como velhos conhecidos.
A porta se abriu
E nada surgiu por detrás do tempo,
passei horas tentando elucidar o que fiz da minha vida,
remontei antigos quebra-cabeças
apenas para descobrir
que estão faltando algumas peças.