Veneno
Outrora, desejei e nunca recebi
Pensei ser verso de um belo poema.
Pobre alma iludida
Onde a alma só envenena.
Minha flor murcha entre
as estrofes de um poema.
O florescer único e eterno
com meus pecados é só
mais um dilema perverso.
Andando entre caminhos escuros
durmindo com os anjos caídos
Provando o amargo gosto da solidão
Pagando por também ter iludido.
Toque-me com seu amor
E revele para mim o verdadeiro sentido
Traga para minha vida a luz
E arranca esse orgulho ferido.
Venha ser meu anjo de luz
Tira -me o gosto amargo
De um dia ter provado
O veneno dos frutos proibidos.