CRUEL CASTIGO
O frio e o silêncio da noite me torturam,
Me jogam num desalento tão atroz
Me machucam com feridas que não curam
E que aumentam a distância entre nós.
Em meu peito só existem as lembranças
Que ficaram desse amor, hoje desfeito,
Como um castigo..., a minha única herança,
Que me levam por um longo caminho estreito!
A noite fria, é tão longa e não termina,
A insônia se tornou minha companheira,
Para quem ama, isso é uma triste sina,
Que machuca e maltrata a vida inteira!
Piedade! Piedade, aos céus eu clamo!
Preciso me livrar deste amargor,
No silêncio, é seu nome que eu chamo,
Não consigo me livrar deste amor!
Se cruel, a vida me impôs esse castigo,
Condenando a quem só teve amor pra dar,
Um indulto é somente o que preciso,
Para viver e, quem sabe..., novamente amar!
Ilha Solteira/SP – 20/05/2020 – 10:32h