Seio da Alma

Seio da alma

O som da brisa do mar

Afagou minha existência

E a vida se fez canção.

E lúgubre a melodia ecoou

Dentro de mim,

Trazendo-me as feridas,

Difíceis de cicatrizar...

Tentei polir a minha alma

Quando a canção terminou

E o amor se foi...

A vida voltou para o real,

A solidão fez parte do consumo da dor.

Retrato talvez de uma recordação,

Busca por um remédio inútil,

Sonho adormecido

Resguarda as franquezas e incertezas.

Dominei-me pela fantasia

Durante anos,

A fé de alto deísmo clamou pela

libertação

E entre dores o novo

Se estabeleceu com os meus devaneios.

Sobrevivi e

De nada me valeria senão as palavras,

Como o nascer do sol a cada manhã,

E uma viagem eterna pelos mistérios

E injustiças da vida...

Diante de tantas incógnitas

Acordei para a minha

Auto realização.

Tatiana Deiró