Amor Estranho Amor
Do vasto oceano das palavras nasce o poema
E a ruptura da duvida é essência escondida
Que voa pelas criptologias da alma insana
Encolhida na escuridão de cada fonema
Dissipar esta escuridão numa orgia extrema
Escravizando um redemoinho de cores brilhantes
As folhas escorregam pelas asas que fluem dos ventos
Iluminando as gemas azuis de cada pensamento
Mas a noite afia as navalhas da escuridão
E a densa escuridão transborda da alma
Cadê a luz que se ilumina pelo amor
Eu não sei onde ela vai estar
São só palavras que flutuam nas águas do mar
Onde neste mar se escondem as palavras
Na escuridão da noite que estremece
É somente o que resta
Não se tem olhos de fogo
Não há melancolia mais funesta
Não há águas azuis nos teus lábios vermelhos
Porém é uma estranha forma de falar de amor
E refletem flashes de infinitos espelhos
Em uma tresloucada sensação de dor.