ARREPENDIMENTO
Ao lado boa moça eu já fui apresentado, agora, estou curioso pelo outro,
Solto, envolto em mistérios, céus e véus, danças, vinhos e descaminhos,
Objeto predileto do imaginário incendiário e acompanhado de encontros,
Pontos não explorados, como a morena pele que impele, tonteia e seduz.
Não sei se a pressa de quem come bolo quente, não embrulha presentes,
Chega a assustar ou converge às propostas indecentes, incandescentes,
Outrora as raras estrelas cadentes permitiam o flerte com tantos perigos,
Hoje amigos, convivem como se a intimidade estivesse sempre presente.
Do limiar onde dissimular não permitiria avanços, foram inconsequentes
Entre brasas, frio, chuva, ventos, contratempos e perto de antigos medos,
Arremedos que limitavam os passos, encobriam espaços mágicos e reais,
Finalmente expostos, dispostos a múltiplos usos, confusos e sensacionais.
Com o ponto mais extremo acessado, sentimento gravado e materializado,
Ousaram usufruir e persuadir, extrair o que de melhor pudessem encontrar,
Entre loucuras, travessuras, deliciosas aventuras, barganharam por prazer,
Convencidos, sem querer, de que já deveriam ter feito isso há muito tempo.