A MUSA E A DUCHA

Você combina com o sol, call me now, o Rio riu porque é mal,

O plantão caiu no carnaval, nada de farra só a cigarra a cantar,

Admiro seu lado família, é tanta loucura e você esbanja doçura

Por mensagens, enquanto arruma as bagagens e pega o avião.

As irmãs se reúnem, também resumem em abraços a saudade,

Da minha precariedade emocional, olho o Meridional e lamento

O fato de não dividir os dias, melodias e nem tão pouco a praia,

Tomara que caia a vista abalou, nem mesmo a canga acalmou.

Adoro Imbituba, Ubatuba, pé deslizando pela areia, água e sal,

É universal a conexão do homem desde o litoral até o Pantanal,

Tainá e os Guardiões da Amazônia, quem sonha a mata risonha

E também pode aportar e se importar em conhecer os costumes.

Roçando cumes, nuvens adiam o manancial incipiente pelo céu,

Ao léu e em eterna preguiça, no reza e enguiça, botão da chuva,

Ainda não olhei minha musa, tantas vezes reclusa, sem a blusa,

De camiseta ela parte e não reparte o corpo durante uma ducha.

Sérgio Sousa
Enviado por Sérgio Sousa em 13/02/2020
Código do texto: T6865239
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.