A MUSA E A DUCHA
Você combina com o sol, call me now, o Rio riu porque é mal,
O plantão caiu no carnaval, nada de farra só a cigarra a cantar,
Admiro seu lado família, é tanta loucura e você esbanja doçura
Por mensagens, enquanto arruma as bagagens e pega o avião.
As irmãs se reúnem, também resumem em abraços a saudade,
Da minha precariedade emocional, olho o Meridional e lamento
O fato de não dividir os dias, melodias e nem tão pouco a praia,
Tomara que caia a vista abalou, nem mesmo a canga acalmou.
Adoro Imbituba, Ubatuba, pé deslizando pela areia, água e sal,
É universal a conexão do homem desde o litoral até o Pantanal,
Tainá e os Guardiões da Amazônia, quem sonha a mata risonha
E também pode aportar e se importar em conhecer os costumes.
Roçando cumes, nuvens adiam o manancial incipiente pelo céu,
Ao léu e em eterna preguiça, no reza e enguiça, botão da chuva,
Ainda não olhei minha musa, tantas vezes reclusa, sem a blusa,
De camiseta ela parte e não reparte o corpo durante uma ducha.