LUH, DE ITAÚ

Dá um pão de queijo, dá também um beijo que eu não vou sair mais daqui,

É doce de leite, curau, milho verde, compotas que são um pedaço do céu,

Quem não gosta de doce, tem o feijão tropeiro, tutu e o arroz de carreteiro

Que um gaúcho ensinou a receita, frango com quiabo, angu, vaca atolada,

A calça quase arriada, parece que irá explodir, quem vai acudir, muito bão,

Demais da conta, a cachacinha deixará tonta a pessoinha mais desavisada.

Que tal o passeio por Ouro Preto, para conhecer a Igreja de São Francisco,

Adoro Aleijadinho e o Barroco como um todo, bonito é pouco, é espetacular

Assim como Itaú de Minas e que foi citada, lá tem uma mina muito ajeitada,

Dezesseis mil habitantes, alguns importantes, sei lá, vou só por causa dela,

Bela, bela, mais que bela, como diria Ferreira Gullar, se pudesse imaginar,

Se cantasse como Milton Nascimento, um integrante do Clube da Esquina.

Tanta conversa esticada, tanta faca amolada, leitão à pururuca que é bom,

Nada, deixa eu dar só uma bicada neste licor caseiro, comer um brigadeiro,

Guarda barriga que lá vem doce de abóbora com coco, vai ser um quiprocó,

Borogodó eu queria tanto ter, até ver você, agora não penso em mais nada.

Sérgio Sousa
Enviado por Sérgio Sousa em 12/02/2020
Código do texto: T6864279
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