OLHOS VERDES

Tenho mãos que deslizam, contornam cada uma dessas curvas sem fim,

Eu me aproprio dos sonhos e quero seus olhos verdes reluzindo em mim,

Enquanto os corpos dançam, enquanto lançam toda a sorte de encantos

Que a imaginação permita, o coração não resista, a manhã possa chegar.

O tempo rompeu as barreiras, invadiu as fronteiras e esqueceu de voltar,

Mesmo com lareira, a clareira trazia o seu brilho de outro fogo a queimar,

Enquanto ardia nenhuma sede resistia, ninguém se atreveria ou iria parar,

Mas, a energia é finita e, a vontade que fica, jura que algum dia irá voltar.

A saudade nasce do aceno, de tudo que é pleno, ela encontrou seu lugar

Para morrer, também renascer, para seguir atormentando quem a cultive,

E se a vive, é porque conheceu o amor, é nele que tudo acha um sentido,

Mesmo num dia corrido como este, encontrou um momento para namorar.

Agora que existe afinidade, a intimidade migrou para uma ligação estreita,

Para aquela mão direita com quem se pode sempre contar, vou mergulhar,

Espalhar aos quatro ventos, aos ouvidos menos atentos, por este achado,

O corpo suado pode enfim descansar, aqui tem tudo que sempre busquei.

Sérgio Sousa
Enviado por Sérgio Sousa em 11/02/2020
Reeditado em 23/02/2020
Código do texto: T6863381
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