Dá-me tua mão!
Dá-me tua mão.
A tua proteção,
é o chão que me sustenta.
Vem, acalenta-me.
Cobre-me com teu coração.
Mostre-me tua emoção.
Dá-me tua mão.
Teu amor é meu Porto,
onde ancoro sem licença.
Faça da tua presença,
o brilho,
no escuro do quarto.
A luz, na escuridão.
Dá-me tua mão.
Percorra,
meu corpo sedento,
nas curvas do desatino.
Cante o amor,
como um hino,
que brada a cada momento,
o timbalar da paixão.
Dá-me tua mão...
Sou a noite,
que te espera,
no vago da eternidade.
Silêncio,
ao final da tarde...
Sou lua de uma quimera,
quem sabe,
uma linda canção.
Dá-me, sim, tua mão...
Pois quero,
teus lábios nos meus.
Teu fogo,
no meu penetrando.
Meus olhos,
os teus encontrando,
sem qualquer traço de adeus.
Dá-me!
Tua mão, na minha mão...