Sobre o Amor, sobre o Tempo: consortes

Ainda que o Amor

fosse um partilhar

de vinhos chilenos,

filmes de Arte

e força

e Amedeo

e Jeanne.

Ainda que o Amor

fosse um filosofar

de Acrópole,

nova harmonia e estética.

Ainda que o Amor

fosse um negar

do acaso,

deidades escondidas

nas peles felinas

de noites silenciosas,

sensuais conquistas

dos corpos alertas,

estrelas despertas.

Ainda que o Amor

fosse um rememorar

de viagens perfeitas,

tempo congelado

no mês terceiro.

Ainda que o Amor

fosse um beijo

plasmado na sala,

espirituais horas,

latentes

pulsações

e intimidade:

una,

união de sorte,

sortilégios de deusas

Danaes, Medusas, Ariadnes,

Atenas, apenas

e norte.

Ainda que o Amor

fosse um temor

de consortes,

poemas e motes.

Proteção,

chocolates,

salivas,

promessas totais:

heroísmos de escolhas

e recolhimento.

Ainda que o Amor

não fosse apenas,

ainda assim eu seria

todo seu:

agradecimento,

encanto

e sina.

Gleidson Riff
Enviado por Gleidson Riff em 29/01/2020
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