JANTAR
Eu já enchi o mundo de amor, você pode ver na beleza das ondas,
Na constelação das estrelas e na infinidade de espécies de flores,
Em inúmeras canções, nas quatro estações do meu peito a pulsar.
Todo mundo já percebeu, já sorriu, já brindou, abençoou e torceu
Para que a vida seja azul, que a poesia tenha alegria como tema,
Nenhum problema venha separar, quem a vida escolheu para unir.
Eu forrei o chão com pétalas de rosas, escrevi em versos, prosas,
Pintei a casa, comprei móveis, acendi a lareira, subi a ladeira a pé
Procurando por algo que poderia estar faltando, mas está perfeito!
Não sei o que bate em seu peito e nem o que precisará ser refeito,
O que mais irá alegar, do que está a fugir, quanto pensa em partir,
O motivo para não abrir as portas e deixar o sol escancarado, agir.
Venha, a teia está formada, a veia aflorada e a areia desesperada,
Os lírios estão crescendo, os ventos se movendo, o riacho encheu.
O filho seu, que ainda não nasceu, disse que virá depois do jantar.