INTUMESCIMENTO

Sinto a eletricidade, sangue novo nas veias, as meias foram costuradas,

O pé já reconhece o chão, o pão já chega ao estômago e os olhos riem,

Estamos prontos e excitados para a aventura, de ternura nos vestimos,

Sentimos que é o momento exato de romper o hiato que nos paralisou.

Somos a criança, o adolescente, o jovem expoente de seu tempo, tudo,

Menos cadeira de balanço, porque ganso é que costuma ficar sentado,

O dia deve ser regado a vinho, rostos rubros externam seus excessos,

Que às vezes são convenientes, sob medida, cabem doses de loucura.

Você queria companhia, agora tem, valentia e coragem só fazem bem,

Quem nunca precisou devia conhecer a adrenalina de estar sem freios,

Sem rodeios me beijou e a mágica aconteceu, que venha o jantar farto,

O quarto mal pode esperar, o lençol mais afoito, resolveu se desnudar.

A água morna do banho não relaxa se encaixa a vida, o sonho, o gozo,

Mas, é gostoso vê-la escorrer, satisfazer este instinto natural, profano,

Engano acreditar que arrefeceu os anseios com os seios intumescidos,

Os tecidos já não cabem mais nos corpos que se descobriram quentes.

Sérgio Sousa
Enviado por Sérgio Sousa em 28/01/2020
Código do texto: T6852276
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