Uma réstia de sol
UMA réstia de sol veio dourar a rua cinzenta,
molhada de chuva.
Os eucaliptos do outro lado da estrada
dançam velhas performances
no vento que nos embala
.
DA janela da minha sala, saúdo
o mundo
Se hoje parece cinzento,
sei que amanhã voltará
luminoso
.
NÃO faz frio...
A alteração das estações já nos brindou
com boas-noites amarelas espalhadas
por entre as ervas verdejantes da beira
da estrada
.
HOJE, estou viva
Amanhã, não sei
Só sei quanto me cativa
esta onda de beleza
que não comprei
.
.
© Myriam Jubilot de Carvalho
14 de Janeiro de 2020