Lágrima maldita...
Lágrima insana,
Que teima em meu rosto banhar,
Insensata profana,
Lágrima, como dói te derramar...
Ah! Ferida que me corrompe,
Corroí minha alma ferida,
Lágrima, maldita lágrima,
És malfeitora, malevolente,
Refaz minha história,
Me deixa descontente...
Nasces nos meus olhos,
Sinto em meus lábios a minha dor...
Devassa minh’alma,
Me deixa desnorteada, em torpor!
Lágrima, reflete em meu rosto,
Toda decepção e amargura...
Um arfar, um turbilhão,
Uma mistura, confusão...
Lágrima, sorrateira e infeliz,
Não fui eu quem te quis...
Saía da minha vida,
Leve contigo meu passado,
Enterre aquela despedida...
Enxurrada de cicatrizes,
Que o tempo há de curar,
Lágrima, não te quero mais!
Deixe-me viver, recomeçar!
Lágrima maldita, vou lutar,
E o brilho do meu futuro sorriso,
Irá de vez te exterminar!