Caquinhos.
Eu te abracei quando você estava em pedaços, sem me importar com as feridas que poderia me causar.
Eu, que nem rumo em minha vida havia tomado, fiz de tudo para te guiar.
Lutei com forças, com amor, anseio, beijos e desejo... Tudo vão!
Não adianta amar... Por um! Não adianta amar, só.
Você não se importou, nunca, nunca, nunca...
Como sempre vibrei, torci, por você.
Quanto a ti, por mim, só sentia prazer.
Amor vai muito além de quatro paredes, uma cama.
Vai além de desejos, vai além da sua realidade.
É uma pena, mas é a verdade.
Tudo bem, seu caquinhos não ficaram espalhados pelo chão, juntei todos, te refiz, te cuidei... Embora isso tenha custado meu eu, me doei e no fim, doeu.
Como me machuquei, chorei, sozinho por fim, fiquei. Mas tudo bem, fique bem, eu sigo aqui, juntando os caquinhos que restaram de mim.
Te abracei quando estava quebrado, sem medo de me machucar, hoje sou eu quem estou em pedaços e não há ninguém pra juntar.