Amor
Na Construção de Chico Buarque
No Rodo Cotidiano do Rappa
Na rodoviária diária
Cheia
Quente
Barulhenta
Cinza
No olhar que ninguém vê
Na solidão
Que anda e passa
Ritmada
Na estação que repete
No Amor de Clarice
O simples
Arrebata o vazio
E a minha existência
Invisível
Ganha sentido
Num abraço de vida
Que assusta
E por vezes paralisa
Seria o amor
A latência que preenche as lacunas
Da insignificância que é existir?