Passo, compasso, impasse.
Anestésicos invadiram o meu corpo de modo sutil
Não estava adoentado, nem tão pouco hospitalizado.
Talvez doente, mas por amor, reflexos do que você deixou.
Talvez acidentado, após a queda do nosso tombo, encontro-me machucado.
Uma eufória na qual não consigo explicar...
Teu jeito, sem jeito, de modo como quieto..
Aquela safadeza que fica no ar...
Meu pensamento, tão inquieto, depois do encontro...
Naquele dia, naquele momento, naquele lugar...
Nosso impasse, meio sem passo, seguindo o compasso.
O que será de nós? O que será enfim?
Talvez não deslumbre um romance, mas fique nesse impasse sem fim...
Anestésicos, na alma, no corpo, no ser...
É ilusão que nos faz persistir...
Talvez, quem sabe, um dia, talvez...
Vire um amor, louca paixão.
Mas enquanto a noite raia por aí
Vamos nos divertir
Nesse passo, do mesmo compasso...
Nesse impasse, de um passo de dança.