BANHO DE AMOR
Autor: abo
Deixe que eu banhe meu corpo junto ao teu,
Que a água corrente do rio rolando
Sobre nós possa ser o balsamo do amor.
Permita que a areia se forme como lençol
Sobre teu corpo envolto ao meu,
E o perfume do vento soprado feito brisa
Entranhei-se em nossos poros com sabor,
Da natureza desnuda pelo amor selvagem
Que cultuamos em franco desejo de nos amar
As margens das águas límpidas que nos molha.
E num olhar compenetrado de paixão
Vemos a cumplicidade um do outro,
Se juntando ao por do sol, que com seu raio.
Dar brilho a correnteza iluminando nossa sombra
Refletida no fundo do rio no mais profano amor.
Pra acalmar as volúpias da intensidade amorosa,
Eis que surge a lua ladeada pelas estrelas,
Querendo ser testemunha das juras de amor,
Que fazemos com doces palavras feitas
Sussurros em forma de melodia inspirada
No gorjeado dos pássaros que nos cercam.
E assim continuamos nosso banho
Sem que o destino saiba onde será seu fim.