E assim...
E assim...
Deixei-me um dia assim estar
Vivo um passo de cada vez,
Já fui veloz, tudo era para ontem,
Daí lembrei da infância.
A inocência da minha vez criança,
Dos dias de brincadeiras na calçada.
De um tempo que não volta mais.
Aquela menina embonecada,
Vestido de cetim armado,
Sapatinhos brancos delicados.
Tudo passa tão rápido.
Hoje a vida me carregou...
Ando do outro lado.
Nada de retoques. Tudo natural.
Fui o que fui e continuo sendo.
Aprimorei sim algumas coisas,
Treinei a paciência, aumentei o amor.
Continuo amando a delicadeza,
A gentileza é a minha cor.
A humildade é onde carrego
Toda a poesia e a flor.
Flor que a cada um entrego
Como verso com sabor.
E como amo chocolate,
Espero exalar este odor.
Quero entregar-te meus versos.
Em uma caixinha doirada
Com laço de fita acetinada
E todo o meu amor.
" Para que cada pessoa perceba que em qualquer idade, em cada ruga na face, vai a experiência e aprendizado de uma vida vivida, passada, mas ainda delicada".
Marilu Fagundes