Caule
Se eu pudesse, comeria teu fruto antes do tempo.
Mas por obra do sistema, necessito da calma e espera que não tenho.
Finjo silêncio para não expor-te ao meu ridículo compasso desnorteado.
Engano a ânsia para explicar sem critérios os impasses deste verde amor que em mim brota.
A paciência, corrói-se a cada olhar teu.
Meu corpo dilacera, lamentando perdas e suspirando a cada gozo perdido.