Paixão incontida
Busco a poesia da paixão incontida
Vertente que nutre, vigoroso alento
Minha alma aberta, jamais escondida
Ao sentimento que brote como um intento.
Vago por sonhos, reliquias do pensamento
Busco idílicas imagens do amor consumado
Meu coração suspira a ternura do que é lento
Para saborear a inefável magia do predestinado.
Como saberia a paixão, na entrega e coragem
Arroubos, enlaces, em seu fulgor presenteados
Foi-se embriagadora, sublime e imagem
De sonhos por mim ja de antes tão devaneados.
Entrego-me a ela, ardente, que habita em mim
Inexorável e cândida pulsão, dá-me tuas cores
Houvera o não sabido, descobriria o sem fim
Da vida que é o permeio do sentir os amores.