Saiba, dona Moça
A propósito,
Que o Amor que transcende a dualidade
É a própria Intemporalidade,
A Inexistência autoconstatada,
O fim do Paradoxo...
Mas enquanto deste lado,
Camões já dizia algo assim...
Ainda é temor e destemor,
É ilusão, é lucidez,
É prisão, é Liberdade...
É um querer, muito Mais que só querer
É estar junto, é saudade
É arrebatamento, é ardor,
Nem sim, muito menos não
É tudo isso
E ainda assim
É Silêncio
É tão somente Amor...
* Escrito em continuidade à linda interação da poetisa Maria, no poema "Sala de Espelhos"