Dúvidas

Quanto nos custa a saudade?

Quanto nos dói a morte?

Quanta falta nos faz um sorriso?

Tantas perguntas,

poucas ou quase nenhuma resposta satisfatória,

e o elo das correntes se quebrando,

enfraquecendo,

abrindo feridas profundas,

chagando o coração

que aprendeu a chorar lágrimas vazias.

Por que olho sempre na direção do nada?

Por que não enxergo no horizonte o meu futuro?

Hoje vivo do que me foi possível,

ando por aí totalmente disperso,

as portas se abrem quando passo,

mas me impulsiono ao precipício e pulo

entre os penhascos abismais

que me engolem por inteiro

neste suicídio.

Por que o mundo não me interessa?

Quanto de mim sucumbiu na escuridão?

Quanto ao amor, deixei de quere-lo,

sangrei abatido até a última gota,

pálido semblante emoldurado do meu rosto.

Luis Fernando Poeta
Enviado por Luis Fernando Poeta em 17/09/2019
Código do texto: T6747494
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