Dúvidas
Quanto nos custa a saudade?
Quanto nos dói a morte?
Quanta falta nos faz um sorriso?
Tantas perguntas,
poucas ou quase nenhuma resposta satisfatória,
e o elo das correntes se quebrando,
enfraquecendo,
abrindo feridas profundas,
chagando o coração
que aprendeu a chorar lágrimas vazias.
Por que olho sempre na direção do nada?
Por que não enxergo no horizonte o meu futuro?
Hoje vivo do que me foi possível,
ando por aí totalmente disperso,
as portas se abrem quando passo,
mas me impulsiono ao precipício e pulo
entre os penhascos abismais
que me engolem por inteiro
neste suicídio.
Por que o mundo não me interessa?
Quanto de mim sucumbiu na escuridão?
Quanto ao amor, deixei de quere-lo,
sangrei abatido até a última gota,
pálido semblante emoldurado do meu rosto.