Caos

desta avassaladora onda de desespero. Veio feito um clarão no céu,

mistérios na escuridão da noite

revestidos de medo

em náuseas e ânsias

pela fétida fornalha de corpos.

Eu vi nascer no horizonte a marca do mal,

precipitou-se sobre nosso destino

pragas e maldições do tempo

que escorrem para o fundo do precipício

o mergulho da morte do último grande herói.

Abrem-se fendas no útero dos mares,

não existem verdades, nem meias verdades,

o fogo queima e consome o rosto da esperança,

enquanto nos afogamos

nas margens do leito seco dos lábios da sede.

A terra estérea não frutifica,

o mundo verde acinzentou-se no sufrágio,

não haverá luz,

apenas o brilho de olhos arregalados,

amedrontados pela destruição,

colapsado pela força negra

Luis Fernando Poeta
Enviado por Luis Fernando Poeta em 15/09/2019
Código do texto: T6745857
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